terça-feira, 20 de março de 2012

A falácia da "Vila da Terra"

Produtores que foram para a Vila da Terra no Açu fazem diversas reclamações

Ontem, representantes da Comissão de Direitos Humanos da Alerj estiveram na Vila da Terra, localizada na antiga Fazenda Palacete, no 5º Distrito de SJB, região do Açu, ouvindo moradores sobre as condições que estão tendo neste novo local, para onde foram transferidos com a desapropriação de suas terras, agora destinadas ao Distrito Industrial de São João da Barra (DISJB) uma PPP (Parceria Público Privada) entre o governo estadual e o grupo EBX que deverá ser gerido por um "ente gestor" segundo um "memorando de entendimentos" cujo teor até hoje não foi divulgado. 

Ouvindo as pessoas entre eles um casal de idosos com mais de sessenta anos eles fizeram diversas reclamações que divergem do que vem sendo falado pela Codin e pelo grupo EBX.


Os moradores reclamam que a luz que ainda é fornecida por geradores e que já chegaram a ficar duas noites sem iluminação por problemas no fornecimento. Os moradores também alegam que a água potável é distribuída por caminhões-pipa. Que a água de poço para outras finalidades, que não o consumo humano, po rexemplo para uso nas pequenas plantações é encontrada a uma profundidade de 6 metros, enquanto na antiga propriedade era possível ter acesso a água com cerca de 1 metro. Reclamam também da presença de mais mato neste novo local, do tipo tiririca, que dificulta a plantação de legumes e de hortaliças. E que, além disso, assim que foram para lá receberam recomendação para não fazer nenhuma plantação, sem recomendação da assistência técnica, que mesmo quase seis meses ainda não foi viabilizada e que sempre recebem pressão para que não façam plantação e que estas não poderão ser de raízes mais profundas, etc. Tudo isto tem levado os produtores a se sentirem pressionados e tutelados pelos empreendedores, sem a autonomia e a liberdade que possuíam antes e que isto não foi combinado. 

Abaixo o blog publica um vídeo que recebeu pela internet e que mostra parte dos depoimentos que foram colhidos pelos representantes da Comissão de Direitos Humanos da Alerj. As informações descritas acima podem ser vistas neste vídeo de 34 minutos que o blog disponibiliza abaixo: