Produtores que foram para a Vila da Terra no Açu fazem diversas reclamações
Ontem,
representantes da Comissão de Direitos Humanos da Alerj estiveram na
Vila da Terra, localizada na antiga Fazenda Palacete, no 5º Distrito de
SJB, região do Açu, ouvindo moradores sobre as condições que estão tendo
neste novo local, para onde foram transferidos com a desapropriação de
suas terras, agora destinadas ao Distrito Industrial de São João da
Barra (DISJB) uma PPP (Parceria Público Privada) entre o governo
estadual e o grupo EBX que deverá ser gerido por um "ente gestor"
segundo um "memorando de entendimentos" cujo teor até hoje não foi
divulgado.
Ouvindo as pessoas entre eles um
casal de idosos com mais de sessenta anos eles fizeram diversas
reclamações que divergem do que vem sendo falado pela Codin e pelo grupo
EBX.
Os moradores reclamam que a luz que
ainda é fornecida por geradores e que já chegaram a ficar duas noites
sem iluminação por problemas no fornecimento. Os moradores também alegam que
a água potável é distribuída por caminhões-pipa. Que a água de poço
para outras finalidades, que não o consumo humano, po rexemplo para uso
nas pequenas plantações é encontrada a uma profundidade de 6 metros,
enquanto na antiga propriedade era possível ter acesso a água com cerca
de 1 metro. Reclamam também da presença de mais mato neste novo local,
do tipo tiririca, que dificulta a plantação de legumes e de hortaliças. E
que, além disso, assim que foram para lá receberam recomendação para
não fazer nenhuma plantação, sem recomendação da assistência técnica,
que mesmo quase seis meses ainda não foi viabilizada e que sempre
recebem pressão para que não façam plantação e que estas não poderão ser
de raízes mais profundas, etc. Tudo
isto tem levado os produtores a se sentirem pressionados e tutelados
pelos empreendedores, sem a autonomia e a liberdade que possuíam antes e
que isto não foi combinado.
Abaixo o blog
publica um vídeo que recebeu pela internet e que mostra parte dos
depoimentos que foram colhidos pelos representantes da Comissão de
Direitos Humanos da Alerj. As informações descritas acima podem ser
vistas neste vídeo de 34 minutos que o blog disponibiliza abaixo: