Um fato é inquestionável: Não há quem saiba dizer, ao certo, o que acontece nas terras da eikelândia.
Há os blogs mais informados da região sobre o tema, como Roberto Moraes e Marcos Pedlowski, mas ainda eles esbarram na total falta de informação e na rede de manipulação montada pelo senhor X.
Em um empreendimento movido a especulação, é claro que propaganda não é só a alma, mas o próprio negócio!
A despeito de toda a crise, que foi negada veementemente, mas depois admitida, assim como o sal depositado na terra pelas escavações no porto, que os eiketes diziam ser um delírio dos críticos, não são o senhor X ou seus porta-vozes corporativos que falam ao público e às autoridades, inclusive aquelas que hipotecaram-lhe apoio e vastas somas de Orçamentos Públicos.
De verdade, nenhum dos itens do cronograma de nenhuma das empresa se cumpriu, nenhuma das promessas se concretizou, e tivemos, antes das demissões que agora ocorrem, várias greves que interromperam os trabalhos, motivadas pelas reclamações dos trabalhadores, submetidos a condições desumanas.
É preciso não esquecer a situação dos agricultores despejados de suas terras, para dar lugar a um distrito industrial que é só mais uma promessa.
O certo, ou o mais provável, que teremos um porto vinculado ao setor do petróleo, e um monte de galpões espalhados pela região do Açu, e um processo inevitável de favelização do entorno, que já começa a tomar corpo com invasões de pessoas descartadas pelas empresas X e suas terceirizadas.
Hoje de manhã, o programa de rádio da faculdade que deseduca ainda mais a péssima formação dos futuros jornalistas, haja vista o verdadeiro desastre que é o nível dos "profissionais" desta região, um secretário do governo de SJB foi cumprir o triste papel de preposto do senhor X, ou seja, foi explicar o inexplicável.
Sabemos que dos problemas fonoaudiológicos, o mais comum deles é a gagueira, que se manifesta quando a pessoa, que detém tal disfunção, está em situação desconfortável.
Pois o secretário de planejamento, ao falar das suas "esperanças" sobre o Porto do Açu, não parecia estar à vontade, a julgar pela sua dificuldade em manter sua fala fluída, ao contrário de quando falava sobre outros temas. O pobre secretário gaguejou todo tempo!
De todo modo, é uma vergonha que uma autoridade pública cumpra a triste sina de fazer papel de boneco de ventríloquo, falando pelo grupo empresarial que vai jogar no colo da municipalidade o maior desastre sócio-ambiental da História da região.
Mas o que esperar de um secretário que serve a um prefeito que foi beijar a mão (ou os pés) do Kimoçabe do Açu?